Lenine

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Oswaldo Lenine Macedo Pimentel (Recife, 2 de fevereiro de 1959) é um cantor, compositor, letrista, arranjador, ator, escritor, produtor musical, engenheiro químico e ecologista.

Com mais de 30 anos de carreira, escreveu, produziu e gravou mais de quinhentas músicas com inúmeras participações em álbuns de outros artistas, e já teve suas canções gravadas por nomes como Elba Ramalho, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Zélia Duncan, entre tantos outros. Produziu CDs de Maria Rita, Chico César, Pedro Luís e a Parede, além de trilhas sonoras para novelas, seriados, filmes, espetáculos de teatro e dança.

Lenine é filho de José Geraldo e Dayse Pimentel, e recebeu esse nome devido a uma homenagem que seu pai queria fazer ao líder soviético Lenin. Sua mãe levava os filhos à missa aos domingos, até que os meninos optaram pelas audições de discos junto com o pai, onde ouviam música alemã, folclore russo, Chopin, Glenn Miller, misturados a Dorival Caymmi e Jackson do Pandeiro.

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Integrante da turma de roqueiros que tomavam as ruas da capital pernambucana nos anos 1970 (bandas como Ave Sangria e músicos como o guitarrista Robertinho do Recife), Lenine foi se interessando pela MPB. Naquela época havia pouco espaço ou recursos para música no Recife, então foi para o Rio de Janeiro, onde morou com alguns amigos compositores.

Participou do festival MPB 81, promovido pela TV Globo e, em 1983, gravou com Lula Queiroga seu primeiro LP,Baque Solto. Até lançar seu segundo disco, foram dez anos participando das rodas de samba do Cacique de Ramos e compondo para blocos cariocas.

O mais importante disco de Lenine, segundo ele mesmo, foi o de 1993, em parceria com o percussionista Marcos Suzano, Olho de Peixe, que os projetou para o mundo, com turnês pelos Estados Unidos, Europa e Ásia. Em 1997, lança seu primeiro álbum solo: O Dia em que Faremos Contato, mixado no estúdio de Peter Gabriel, em Londres – ganhou dois Prêmio Sharp, nas categorias Revelação e Melhor Canção com A Ponte.

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Em 1999, Lenine lança Na Pressão. Trabalho que ganhou o prêmio APCA de Melhor Álbum de Música Popular, figurou na lista de melhores discos em vários países e vendeu mais de 40 mil cópias somente na França.

Em 2002, lança seu quinto disco, Falange Canibal, CD que contou com participações da banda Living Colour, da cantora americana Ani Di Franco, Eumir Deodato (autor dos arranjos de Travessia, de Milton Nascimento) e da Velha Guarda da Mangueira – recebeu o Grammy Latino na categoria Pop Contemporâneo Brasileiro.

Em 2004, Lenine é convidado pelo projeto “Carte Blanche”, na Cité de La Musique, em Paris, do qual apenas um brasileiro – Caetano Veloso – havia participado. Seu show deu origem ao CD e DVD Lenine incité, que ganhou dois Grammy Latino.

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Em 2006, lança Lenine Acústico MTV, premiado com o Grammy Latino na categoria Melhor CD Pop Contemporâneo e, nos Estados Unidos, sai a coletânea Lenine. Em 2007 cria a trilha sonora do espetáculo Breu, do Grupo Corpo de Belo Horizonte.

Em 2008, produz o CD e LP Labiata, lançado em 20 países, além de uma turnê internacional em 2009 – a músicaMartelo Bigorna foi incluída na trilha sonora da novela Caminho das Índias (Rede Globo).

Seu décimo disco, Chão, sai em 2011. Em 2013, ele celebra seus 30 anos de carreira, com homenagens, documentários e 30 projetos especiais, além de ser considerado pela crítica como a “porção de verdadeira ousadia” do palco Sunset, no Rock in Rio.

Entre março e julho de 2014, Lenine se lançou pelo Brasil em sua primeira Turnê Socioambiental, compartilhando sua música nas sedes de projetos sociais de referência em todas as regiões do país. Em 2015, Carbono seu mais recente álbum foi indicado ao Grammy Latino.

Lenine compõe, faz a produção, contrata instrumentistas, grava e negocia seus CDs com as gravadoras. Para dar conta de tudo, ele tem uma equipe que inclui advogado, empresário, assessora de imprensa e músicos. Até pouco tempo, as gravadoras mantinham um plantel de artistas, controlavam tudo e determinavam quando eles tinham que gravar. Sobre isso, disse Lenine: “Lá no início (século dezenove), parece que juntaram os donos das casas de música, o cara da editora e o inventor do gramofone. Eles fizeram uma reunião e dividiram tudo. No final, alguém perguntou: E o criador? E responderam: Bota aí 5%! Eu acho que o criador nem estava nessa mesa.”



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