MADREDEUS
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O Madredeus é um dos grupos musicais portugueses de maior projeção mundial, sua obra combina influências da música tradicional portuguesa com a erudita e a popular contemporânea. A musicalidade do grupo sempre foi erroneamente referida como fado, gênero português mais conhecido internacionalmente.
Nos seus vinte anos de carreira, os Madredeus lançaram 14 álbuns, sem contar as coletâneas. Fizeram turnês por quase todo o mundo e têm no Brasil um de seus maiores públicos, apesar de nenhuma veiculação nas rádios.
Os fundadores do grupo foram Pedro Ayres Magalhães (guitarra clássica), Rodrigo Leão (teclados), Francisco Ribeiro (violoncelo), Gabriel Gomes (acordeão) e Teresa Salgueiro (voz). Magalhães e Leão formaram o grupo em 1985, Ribeiro e Gomes juntaram-se a eles em 1986. Na sua busca por uma vocalista, descobriram Teresa Salgueiro numa casa noturna de Lisboa, quando esta cantava numa reunião de amigos.
Em 1987, o Teatro Ibérico (antiga igreja, num bairro de Lisboa chamado Madredeus) serviu de estúdio de gravação de um LP duplo. Chamaram-no de Os Dias da MadreDeus e daí viria o nome do grupo. O caráter inovador do álbum fez com que eles se tornassem um fenômeno instantâneo de popularidade em Portugal.
Em 1990, saiu o segundo disco, Existir. O grupo era desconhecido no estrangeiro, mas isso mudou quando deram uma série de concertos na Bélgica, numa exposição dedicada à cultura portuguesa.
Em 1994, a banda lança O Espírito da Paz, que alcançou o primeiro lugar na Espanha e levou o grupo a uma longa turnê internacional, a qual incluiu o Brasil e alguns países do Extremo Oriente. O cineasta alemão Wim Wenders os convidou para musicarem um filme chamado Lisbon Story (no Brasil, O Céu de Lisboa), do qual o grupo foi protagonista.
Em 1995, incorporam-se ao Madredeus os músicos Carlos Maria Trindade, no lugar do tecladista Rodrigo Leão, e o guitarrista José Peixoto. Em 1996, Francisco Ribeiro e Gabriel Gomes deixam o grupo e em 1997, o Madredeus gravou o primeiro álbum com a nova formação, intitulado O Paraíso. No mesmo ano ingressa no grupo Fernando Júdice (baixo acústico).
Em 1998, foram convidados para o concerto de abertura da Expo’98 em Lisboa. Em 2000, lançaram As Brumas do Futuro, tema do filme de estreia da atriz portuguesa Maria de Medeiros como diretora e Capitães de Abril, sobre a Revolução dos Cravos. No Brasil, foi lançado Palavras Cantadas, coletânea abrangendo o trabalho do grupo entre os anos de 1990 e 2001.
Em 2001, o grupo lança Movimento, e depois alguns álbuns experimentais que causaram acalo
radas discussões entre os fãs e críticos: Electrónico, uma compilação de versões eletrônicas feitas por alguns dos músicos de mais prestígio da Europa, e Euforia, um álbum duplo com canções gravadas ao vivo junto com a Orquestra Sinfônica da Rádio Flamenga, da Bélgica.
Em 2004, entraram em estúdio e de lá saíram canções suficientes para dois álbuns: Um Amor Infinito, e Faluas do Tejo, que é uma homenagem a Lisboa. A partir do ano de 2007 os integrantes do Madredeus desenvolveram projetos paralelos, gravando discos solos, formando novas parcerias e também atuando como produtores musicais. José Peixoto e Fernando Júdice trabalharam juntos no álbum Carinhoso, no qual revisitam o repertório do compositor brasileiro Pixinguinha.
Em novembro de 2007, Teresa Salgueiro deixa o grupo e, no ano seguinte, lançaram um novo álbum, Metafonia. Ampliaram a estrutura com novas cantoras e instrumentistas que denominaram de A Banda Cósmica. Lançaram, em 2009, A Nova Aurora e, em 2010, Castelos na Areia, encerrando o ciclo.
Em 2011, é anunciada uma nova vida para os Madredeus. A formação mantém Pedro Ayres Magalhães (guitarra clássica) e Carlos Maria Trindade (sintetizadores), juntando-se Jorge Varrecoso (violino), António Figueiredo (violino), Luís Clode (violoncelo) além de Beatriz Nunes (voz). Em Abril do mesmo ano é lançado Essência, para celebrar os 25 anos de carreira do grupo com novos arranjos de clássicos.
No Brasil, ficaram conhecidos pelo grande sucesso de suas apresentações em casas de espetáculo – sempre com lotação esgotada – e também ao ar livre, com destaque para os concertos no Pelourinho, em Salvador (1995), em Niterói (1997) e no Rio de Janeiro e São Paulo (2000). As músicas do grupo também já foram tema de diversas produções televisivas como a mini-série da Rede Globo Os Maias (2001), com as canções Matinal, Haja o que Houver, As Ilhas dos Açores e a canção que foi tema de abertura, a emblemática O Pastor.
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