The Velvet Underground
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The Velvet Underground foi uma influente banda de rock norte-americana, formada em 1964 por Lou Reed (voz e guitarra), Sterling Morrison (guitarra), John Cale (contrabaixo e violino), Doug Yule (que substituiu Cale em 1968), Nico (voz), Angus MacAlise (bateria) e Maureen Tucker (que substituiu Angus).
Banda de vanguarda da década de 1960, caracterizada por um estilo experimental, pouco comercial. O grupo alcançou durante seus poucos anos de existência apenas uma pequena fração do reconhecimento público, situação inversamente proporcional ao grande mérito criativo que hoje a faz ser citada pela crítica especializada como um dos poucos grupos essenciais da história do rock’n’roll.
O artista plástico Andy Warhol ( o “rei” da Pop Art) promovia incursões por outros campos como a música e o cinema, em sua procura resolveu financiar o grupo, mas nunca exerceu grande influência sobre os temas abordados nas músicas ou sobre a estética melódica em si. No entanto ele teve peso na inclusão de Nico como vocalista – cantora húngara cujo nome original é Christa Paffgen. Como uma forma de objeção, o nome do grupo no primeiro álbum (de 1967) foi The Velvet Underground & Nico, excluindo-a, de certa forma, da banda.
O disco notabilizou-se por ter a estampa de uma banana na capa (criada por Warhol), e também pelas composições completamente vanguardistas para os padrões da época, tratando de temas como drogas, sadomasoquismo, prostituição e ocultismo. Foi um fracasso comercial, os temas controversos levaram-no a ser banido de muitas lojas, várias rádios o boicotaram e revistas se recusaram a publicar os anúncios do álbum. Na época da eclosão do movimento hippie que propagava aos quatro cantos seu principal lema “paz e amor”, bandas como o Velvet só podiam ser admiradas por pessoas “tortas”, que eram contra todas as correntes.
O álbum causou um forte impacto em alguns dos seus contemporâneos, como David Bowie: “Não acreditava nos meus ouvidos, era totalmente fora de moda, agressivo, sujo, excitante”. E Iggy Pop: “Fiquei assustado, e depois não parava de ouvir. Eu queria saber mais sobre aquelas letras, aquela selvageria no som.”
O estilo desleixado e “do-it-yourself” influenciaria profundamente o surgimento do punk rock uma década depois, e só mais tarde o álbum viria a receber louvação pelos críticos, bem como sua influência nas canções de rock modernas. Existe uma lenda na qual quem o comprou montou uma banda após ouvi-lo – grupos como Depeche Mode, Echo & the Bunnymen, Joy Division, Sonic Youth, Jesus and Mary Chain, Nirvana, Nine Inch Nails, Radiohead e The Strokes foram influenciados pelo VU.
Gravado em poucos dias, White Light/White Heat foi lançado no início de 1968. John Cale, responsável pelos experimentalismos musicais (tinha formação erudita na Inglaterra), saiu do grupo, que passou a ter Lou Reed, de maior apelo artístico e poético, como único líder. A banda também se desligaria tanto de Nico quanto de Warhol.
No ano seguinte, veio o 3º álbum, chamado simplesmente de The Velvet Underground. Ele expõe um som mais acústico e introspectivo, e é recheado de ótimas composições.
O derradeiro trabalho com Lou Reed ainda na banda foi Loaded, que conta com três das músicas mais famosas do VU: Who Loves The Sun, Sweet Jane e Rock and Roll. Após a saída do vocalista em 1971, o grupo ainda continuou na ativa pelos dois anos seguintes e até lançou um LP (Squeeze), que não é considerado parte de sua discografia oficial.
O interesse pela banda voltou a crescer no fim dos anos 1980, quando John Cale e Lou Reed voltaram a trabalhar juntos e gravaram, em 1989, um disco em homenagem a Andy Warhol chamado Songs For Drella (um apelido que o artista detestava, uma corruptela de Drácula com Cinderella). Durante um dos shows para mostrar o disco em Paris, a dupla convidou Sterling Morrison e Maureen Tucker para tocarem, juntos, a clássica Heroin. Em 1993 o Velvet se reuniu para alguns shows que culminaram num álbum duplo, Live MCMXCIII, com as principais músicas da carreira da banda.
Sterling Morrison morreu de causas desconhecidas em 1995, e Lou Reed em outubro 2013, devido a complicações de uma cirurgia no fígado.
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